
Na tentativa de reduzir a pobreza e mostrar serviço, o governo do Estado lançou um novo programa social. Aprovado na Assembleia Legislativa, o projeto “SuperAção” promete oferecer uma ajuda extra às famílias registradas no Cadastro Único (CadÚnico), em um formato que levanta comparações e dúvidas em relação ao tradicional Bolsa Família. Quem vive em situação de vulnerabilidade, enfrenta dificuldades para garantir renda e já está inscrito no CadÚnico pode estar se perguntando: será que agora vai melhorar?
Continua apos o anúncioA seguir, entenda como esse novo programa funciona, quem pode ser beneficiado, o que o diferencia do Bolsa Família, quais críticas e defesas ele recebe, e o que esperar dos próximos passos dessa proposta que chega com promessas e polêmicas.
O “SuperAção” foi pensado para atuar em duas frentes. De um lado, tem quem não consegue trabalhar por motivos diversos. Para esse grupo, o Estado promete um auxílio mensal de R$ 150 por até dois anos, além de acesso facilitado a políticas sociais. Do outro lado, estão pessoas que têm condições de buscar trabalho ou empreender, mas precisam de uma ajuda. Para esses, vai ter um incentivo financeiro, capacitação profissional e apoio para abrir o próprio negócio.
Continua apos o anúncioEm vez de esperar que as pessoas procurem o governo, agentes vão ser enviados para localizar famílias que possam ser incluídas. O foco são aquelas que vivem em cidades com baixo Produto Interno Bruto (PIB) e taxas elevadas de desemprego. A triagem inicial vai usar como critério principal uma renda per capita inferior a meio salário mínimo, os dados do Cadastro Único devem estar atualizados nos últimos dois anos, e a pessoa deve morar em São Paulo.
Continua apos o anúncioCada família vai ter um plano personalizado. Técnicos vão acompanhar de perto os objetivos e dificuldades de cada grupo familiar, propondo metas e oferecendo orientação constante. Isso inclui acesso a cursos gratuitos, programas de moradia, segurança alimentar e até a Tarifa Social da Sabesp, que ajuda a reduzir a conta de água.
Desde o anúncio do “SuperAção”, muita gente passou a chamar de “Novo Bolsa Família paulista”. Isso se deve ao foco em famílias vulneráveis e à promessa de transferência de renda. Mas tem diferenças importantes. Veja:
Continua apos o anúncioEnquanto o Bolsa Família é um programa federal consolidado, que atende mais de 2 milhões de famílias só em São Paulo, o SuperAção pretende alcançar, na primeira etapa, apenas 105 mil famílias. E dessas, apenas 35 mil vão receber a ajuda financeira para buscar autonomia.
Essa foi a expressão usada por Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, durante o lançamento do programa. A ideia é que o SuperAção combine ajuda imediata com ações de longo prazo para que as pessoas possam seguir por conta própria. A proposta é atrativa, mas levanta dúvidas: será que dá para garantir apoio de verdade com um número tão reduzido de beneficiários?
Continua apos o anúncioPara quem já está inscrito no CadÚnico e vive em situação de vulnerabilidade, o programa pode representar uma nova oportunidade. Mas, para isso, é preciso que o cadastro esteja atualizado. A busca ativa vai priorizar essas pessoas, mas não se sabe ao certo quantas delas vão ser realmente chamadas ou atendidas.
Com um orçamento de R$ 500 milhões e um foco declarado em 105 mil famílias, o impacto vai ser limitado diante dos milhões que vivem na pobreza em São Paulo. Pode fazer diferença para quem for selecionado, certo? Mas será que a escala do programa representa uma solução, de fato, para reduzir a desigualdade no estado?
Com propostas interessantes e foco em quem já está no CadÚnico, o “SuperAção” tenta chegar como uma espécie de “Novo Bolsa Família” paulista. Resta saber se o auxílio prometido vai ser suficiente, e se vai chegar, de fato, a quem mais precisa. Por isso, se você está precisando de uma ajuda extra, não deixe de ficar de olho nas próximas informações sobre o programa.
Fonte: www.assistencialismo.com.br
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