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A partir de 5 de julho de 2025, a tarifa social de energia vai mudar a realidade de milhões de brasileiros. Uma medida provisória assinada em maio pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva promete isenção total nas contas de luz para famílias em situação de vulnerabilidade, que consumirem até 80 kWh por mês.

A novidade traz alívio imediato para muitas famílias de baixa renda, oferecendo um respiro financeiro crucial em tempos de tantas dificuldades. Se você ou alguém que conhece faz parte deste público, é hora de entender as novas regras e aproveitar essa oportunidade.

Confira como esse benefício pode transformar a vida de quem depende de cada centavo para sobreviver no dia a dia.

Quem está incluído na nova Tarifa social?

As novas regras para a gratuidade

Com a implementação da nova tarifa social, famílias de baixa renda, inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), com consumo de até 80 kWh mensais, terão a conta de luz totalmente gratuita. Além disso, também estão incluídas:

• Famílias com renda per capita de até meio salário mínimo;
• Pessoas com deficiência ou idosos (65+) que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC);
• Famílias indígenas e quilombolas;
• Famílias atendidas por sistemas de geração própria de energia, em áreas fora da rede elétrica pública.

Essa ampliação de benefícios é um avanço significativo, especialmente porque, até o momento, apenas indígenas e quilombolas tinham direito à isenção total. Outras famílias de baixa renda tinham um desconto de até 65%, dependendo do consumo, mas agora todas essas famílias terão a possibilidade de viver sem a preocupação com o custo da energia.

Benefício para mais de 60 milhões de pessoas

Estima-se que cerca de 17 milhões de famílias serão beneficiadas com a medida, o que significa que cerca de 60 milhões de brasileiros, entre adultos e crianças, vão sentir o impacto positivo dessa mudança. E tudo isso sem que o governo precise aumentar os impostos ou criar novas taxas para financiar o benefício, como será explicado a seguir.

Como funciona o benefício: Isenção ou desconto?

Isenção completa x desconto na conta

A nova tarifa social não se resume apenas à isenção integral para quem tem consumo abaixo de 80 kWh. Ela também traz novos descontos para famílias que consomem mais energia, mas ainda assim se encaixam no perfil de baixa renda. A isenção total é para aquelas famílias de consumo mensal de até 80 kWh.

Já as que consomem entre 80 kWh e 120 kWh terão um desconto proporcional, que será aplicado diretamente na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), a qual hoje representa cerca de 12% do valor total da conta de luz.

Essa diferenciação tem como objetivo beneficiar mais famílias, ao mesmo tempo que garante um equilíbrio no sistema energético, sem onerar as finanças públicas de forma excessiva.

Abertura do mercado de energia: O que isso significa?

Além da tarifa social, outra mudança importante trazida pela MP é a abertura do mercado livre de energia, que até agora era restrito a grandes empresas, como indústrias e comércios de grande porte. A partir de 2026, empresas de médio porte poderão escolher seus fornecedores de energia, e em 2027 essa liberdade de escolha será estendida a todos os consumidores.

Essa flexibilização permite que o mercado se torne mais competitivo, com a expectativa de redução dos preços no longo prazo, além de dar aos consumidores a possibilidade de escolher um fornecedor mais adequado às suas necessidades e orçamento.

Como o governo vai compensar o custo da isenção?

Embora a tarifa social traga um alívio imediato para milhões de pessoas, o custo disso para o governo será de aproximadamente R$ 3,6 bilhões por ano. No entanto, esse valor será compensado por uma série de medidas no setor energético, que visam reequilibrar as finanças do setor.

Entre essas medidas, destaca-se a inclusão de consumidores livres nas bases de usinas de Angra 1 e 2, além de ajustes na alocação dos encargos da CDE, que passarão a ser rateados proporcionalmente ao consumo de cada consumidor.

Além disso, a MP prevê uma série de mudanças nas regras para quem produz sua própria energia, o que ajudará a manter o equilíbrio financeiro do sistema sem repassar custos para os consumidores mais vulneráveis.

O que esperar dessa mudança?

Com a implementação da tarifa social gratuita, o Brasil avança para um novo modelo de acesso à energia elétrica, onde a energia deixa de ser vista como um luxo e passa a ser um direito básico garantido a quem mais precisa. No entanto, as medidas ainda precisam ser bem implementadas para que o sistema se mantenha sustentável no longo prazo.

Fonte: www.assistencialismo.com.br