Câmara aprova licença menstrual remunerada de até 2 dias

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A licença menstrual remunerada está ganhando relevância nos direitos trabalhistas do Brasil em 2025, após a aprovação do Projeto de Lei 1249/22 pela Câmara dos Deputados. A medida visa beneficiar milhões de trabalhadoras formais, incluindo empregadas domésticas e estagiárias, e representa o reconhecimento das dificuldades enfrentadas por mulheres com sintomas intensos durante a menstruação. A proposta concede até dois dias seguidos de afastamento por mês, com o salário da profissional garantido.

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O que é a licença menstrual?

A licença menstrual é um direito que permite à mulher se afastar do trabalho por um curto período devido a sintomas incapacitantes relacionados à menstruação, como dores abdominais, cólicas intensas, enxaquecas e outros sintomas que podem prejudicar sua produtividade e qualidade de vida. Essa possibilidade já existe em alguns países asiáticos e foi objeto de inúmeras discussões e reivindicações por movimentos de saúde feminina e equidade no Brasil. O benefício reconhece que as consequências físicas e emocionais da menstruação são uma realidade para muitas mulheres, afetando cerca de 15% delas de maneira severa, conforme argumentou a deputada Jandira Feghali, autora da proposta.

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Como funcionará a licença aprovada pela Câmara?

O afastamento remunerado só será concedido mediante apresentação de laudo médico que comprove que a colaboradora está impossibilitada de trabalhar temporariamente por sintomas graves da menstruação. O Poder Executivo ficará responsável por regulamentar os detalhes: prazo de validade do laudo, formato de apresentação e periodicidade da renovação – levando em conta as peculiaridades das funções exercidas por cada mulher.

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O texto aprovado, relatado pela deputada Professora Marcivania (PCdoB-AP), reforça a fiscalização médica e a necessidade de um acompanhamento constante, evitando abusos e garantindo que apenas mulheres que realmente precisem usufruam da licença remunerada. Especialistas apontam que o projeto incentiva ambientes mais humanizados e respeitosos nas empresas, além de fortalecer o compromisso das organizações com a saúde feminina.

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Deputados em plenário da Câmara durante votação, representando a aprovação da licença menstrual remunerada de 2 dias para trabalhadoras CLT, domésticas e estagiárias.
Entenda as Regras: A nova licença menstrual é válida para trabalhadoras com carteira assinada (CLT), domésticas e estagiárias. O benefício será concedido mediante a apresentação obrigatória de laudo médico. Imagem: Agência Brasil

Menstruação: desafios e reconhecimento no ambiente profissional

Muitos gestores ainda desconhecem o impacto real dos sintomas menstruais no cotidiano produtivo das funcionárias. Cólicas, fadiga, dores musculares, enxaquecas e alterações de humor podem comprometer atividades que exigem concentração ou esforço físico. Até então, mulheres dependiam de acordos informais ou precisavam recorrer ao uso de atestados médicos comuns – muitas vezes encarados com desconfiança. Com a autorização para a licença específica, abre-se espaço para mais confiança entre empresas e colaboradoras, reforçando a importância de um ambiente adaptado à diversidade e ao cuidado com a saúde vital de todas as mulheres.

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Próximos passos da legislação

A matéria segue agora para avaliação do Senado Federal. Caso aprovada na íntegra, caberá ao Executivo federal regulamentar as regras, detalhando como será o procedimento para apresentação e renovação do laudo, além de definir as funções em que o benefício poderá ser aplicado. O debate no Senado promete trazer contribuições de especialistas, médicos e representantes do setor produtivo, visando tornar o texto ainda mais aplicável à realidade das trabalhadoras brasileiras.

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Como garantir o acesso ao benefício?

Trabalhadoras deverão consultar um médico e obter um laudo, que será entregue ao setor responsável da empresa. O documento deve indicar que a condição é impeditiva ao trabalho por até dois dias seguidos, respeitando o limite mensal estabelecido pela legislação. É importante acompanhar futuras publicações regulamentando a validade, renovação e confidencialidade desses laudos – pontos ainda em aberto, aguardando definição pelo Executivo.

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Qual o papel dos empregadores e colaboradoras a partir de agora?

Com a aprovação da licença remunerada, empregadores devem se preparar para criação de políticas internas práticas, adaptando o RH aos novos desafios e promovendo o acesso à informação e ao apoio médico. Colaboradoras, por sua vez, terão respaldo legal para buscar atendimento médico quando sintomas severos dificultarem o desempenho, contribuindo para evolução das relações de trabalho e mais respeito à saúde feminina.

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Para acompanhar todos os detalhes da regulamentação desta e de outras políticas sociais e direitos, continue acompanhando o Assistencialismo Notícias.

Fonte: www.assistencialismo.com.br

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